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Fevereiro de 2017

Primeiro Discurso do Presidente Trump no Congresso

 

US NewsO Presidente Trump proferiu o seu primeiro discurso no Congresso perante todos os Representantes em 28 de Fevereiro de 2017. Seguem-se trechos do discurso relacionados com política externa: PRESIDENTE: Muitíssimo obrigado. Sr. Presidente da Câmara de Representantes, Sr. Vice-Presidente, membros do Congresso, Primeira-Dama dos Estados Unidos e cidadãos dos Estados Unidos:

No que hoje estamos a testemunhar é a renovação do espírito americano. Os nossos aliados vão descobrir que os Estados Unidos estão mais uma vez prontos para liderar. Todas as nações do mundo – amigas ou inimigas – vão descobrir que os Estados Unidos são um país forte, orgulhoso e livre.

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Retirámos os Estados Unidos da Parceria Transpacífica, destruidora de empregos. Com a ajuda do Primeiro-Ministro Justin Trudeau, formámos um Conselho com os nossos vizinhos do Canadá para ajudar a garantir que as mulheres empresárias tenham acesso a redes, mercados e capital de que necessitam para abrir um negócio e realizar os seus sonhos financeiros. Para proteger os nossos cidadãos, ordenei que o Departamento de Justiça formasse um grupo de trabalho para reduzir o crime violento. Além disso, ordenei que os Departamentos de Segurança Interna e Justiça, juntamente com o Departamento de Estado e o director de Inteligência Nacional, coordenassem uma estratégia agressiva para desmantelar os cartéis criminosos que se espalharam por toda a nossa nação. Vamos pôr fim ao fluxo de drogas no nosso país e ao envenenamento dos nossos jovens – e vamos expandir o tratamento para aqueles que se tornaram cronicamente viciados. Ao mesmo tempo, o meu governo respondeu aos apelos do povo americano para a aplicar a lei de imigração e segurança nas fronteiras. Ao cumprirmos finalmente as nossas leis de imigração, vamos aumentar os salários, ajudar os desempregados, economizar milhares de milhões de dólares e tornar as nossas comunidades mais seguras para todos. Queremos que todos os americanos tenham êxito – mas isso não pode acontecer num ambiente de caos, sem lei. Devemos restaurar a integridade e o Estado de Direito dentro das nossas fronteiras. É por essa razão que em breve iniciaremos a construção de um grande, imenso muro ao longo da nossa fronteira meridional. Será iniciado antes do previsto e, quando terminar, será uma arma muito eficaz contra as drogas e o crime.

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A nossa obrigação é servir, proteger e defender os cidadãos dos Estados Unidos. Também estamos a tomar medidas fortes para proteger a nossa nação contra o terrorismo radical islâmico. De acordo com dados fornecidos pelo Departamento de Justiça, a grande maioria das pessoas condenadas por terrorismo e por ofensas relacionadas com o terrorismo desde 11 de Setembro entrou vem de fora do nosso país. Temos visto ataques domésticos – de Boston a San Bernardino ao Pentágono e sim, até mesmo ao World Trade Center. Vimos os ataques na França, na Bélgica, na Alemanha e por todo o mundo. Não é [um acto] generoso, mas imprudente, permitir a entrada descontrolada de [cidadãos provenientes de] lugares onde não é feito o escrutínio apropriada. Aqueles a quem é dada a elevada honra de admissão nos Estados Unidos devem apoiar este país e amar o seu povo e os seus valores. Não podemos permitir que uma frente de terrorismo se forme dentro dos Estados Unidos – não podemos permitir que a nossa nação se torne um santuário para extremistas. É por isso que o meu governo está a trabalhar para melhorar os procedimentos de controlo e em breve serão tomadas novas medidas para manter o nosso país seguro – e manter distantes aqueles que nos fariam mal. Conforme prometido, dei instruções ao Departamento de Defesa para desenvolver um plano para demolir e destruir o ISIL – uma rede de selvagens sem lei que matam muçulmanos e cristãos, homens, mulheres e crianças de todas as religiões e credos. Vamos trabalhar com os nossos aliados, incluindo os nossos amigos e aliados do mundo islâmico, para eliminar esse inimigo vil do nosso planeta. Também impus novas sanções a entidades e indivíduos que apoiam o programa de mísseis balísticos do Irão e reafirmamos a nossa implacável aliança com o Estado de Israel.

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Perdemos mais de um quarto dos nossos empregos em empresas de produtos manufacturados desde que o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) foi aprovado, e perdemos 60 mil fábricas desde que a China entrou para a Organização Mundial do Comércio em 2001. O nosso deficit comercial de mercadorias com o mundo no ano passado foi de quase US$ 800 mil milhões. E no exterior, herdámos uma série de trágicos desastres de política externa. Resolver estes e tantos outros problemas urgentes vai exigir que trabalhemos esquecendo as diferenças partidárias. Vai exigir que utilizemos o espírito americano que superou todos os desafios ao longo de nossa longa e célebre história. Mas, para alcançarmos os nossos objectivos dentro e fora do país, temos ligar de novo o motor da economia americana — fazendo com que se torne mais fácil para as empresas fazerem negócios nos Estados Unidos, e bem mais difícil para as empresas abandonarem o nosso país. Neste momento, as empresas americanas são tributadas com base numa das taxas mais altas de todo o mundo.

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Actualmente, ao enviarmos produtos para fora dos Estados Unidos, muitos países cobram-nos tarifas e impostos muito altos — mas quando as empresas estrangeiras enviam os seus produtos para os Estados Unidos, nós cobramos nada ou quase nada.

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Acredito firmemente no livre comércio, mas também tem de ser um comércio justo.

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Países em todo o mundo, como o Canadá, a Austrália e muitos outros — dispõem de um sistema de imigração baseado no mérito. É um princípio básico segundo o qual aqueles que procuram entrar num país devem ser capazes de se sustentar financeiramente. Mesmo assim, nos Estados Unidos, nós não aplicamos essa regra, sobrecarregando os recursos públicos de que dependem os nossos cidadãos mais pobres. De acordo com a Academia Nacional de Ciências, o nosso actual sistema de imigração custa aos contribuintes americanos muitos milhares de milhões de dólares por ano. Se nos afastarmos do actual sistema de imigração de pessoas menos qualificadas e, em contrapartida, adoptarmos um sistema de meritocracia, teremos muito mais benefícios. Vai trazer uma grande poupança em dólares, aumentar os salários dos trabalhadores e ajudar as famílias em dificuldades — incluindo as famílias de imigrantes — a entrar para a classe média. E é o que elas vão fazer rapidamente. E, de facto, serão muito felizes. Acredito que uma reforma real e positiva da imigração é possível desde que nos concentremos nos seguintes objectivos: melhorar os empregos e os salários dos americanos, fortalecer a segurança do nosso país e restaurar o respeito pelas nossas leis.

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A nossa política externa carece de um envolvimento directo, robusto e significativo com o mundo. É a liderança americana baseada em interesses vitais de segurança que compartilhamos com nossos aliados em todo o mundo. Apoiamos firmemente a NATO, uma aliança forjada através dos vínculos de duas Guerras Mundiais que destronaram o fascismo, e uma Guerra Fria que derrotou o comunismo. Mas os nossos parceiros devem assumir as suas obrigações financeiras. E agora, com base nas nossas discussões muito firmes e francas, é exactamente isso que está a acontecer. Na verdade, posso dizer-vos que está a entrar dinheiro. Esperamos que os nossos parceiros, seja na NATO, no Médio Oriente ou no Pacífico — assumam um papel directo e significativo tanto nas operações estratégicas como nas militares, e paguem a sua parcela justa do custo. Eles têm de fazer isso. Respeitaremos as instituições históricas, mas respeitaremos os direitos soberanos das nações que também têm de respeitar os nossos direitos como nação. As nações livres são o melhor veículo para expressar a vontade do povo — e os Estados Unidos respeitam o direito que todas as nações têm de traçar o seu próprio caminho. A minha função não é representar o mundo. A minha função é representar os Estados Unidos da América. Mas sabemos que os Estados Unidos estão melhor quando há menos conflitos — não quando há mais. Devemos aprender com os erros do passado. Temos visto a guerra e a destruição assolar e devastar o nosso mundo, em todos os lugares. A única solução a longo prazo para esses desastres humanitários é criar as condições para que as pessoas deslocadas possam regressar a casa em segurança e iniciar o processo muito longo de reconstrução. Os Estados Unidos estão dispostos a fazer novos amigos e a forjar novas parcerias, em linha com os interesses comuns. Queremos harmonia e estabilidade, não guerra e conflito. Queremos paz, onde quer que a paz possa ser encontrada. Actualmente, os Estados Unidos têm amigos que em tempos foram inimigos. Há décadas, alguns dos nossos aliados mais próximos lutaram no lado oposto de guerras terríveis. Esta história deve fazer-nos acreditar nas possibilidades de um mundo melhor.

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Obrigado, que Deus os abençoe e que Deus abençoe os Estados Unidos.

 

Fonte: Site da Embaixada dos EUA em Portugal

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Workshop de Reinstalação e Integração de Refugiados na Europa lançado em Portugal

Em cooperação com a Comissão Internacional de Resgate (IRC), a Embaixada dos EUA deu um workshop de três dias na integração e EURITA_workshop-1702reinstalação de refugiados, em Lisboa, entre os dias 21 e 23 de Fevereiro, na residência oficial do Embaixador. Esta foi a primeira de dez workshops que terão lugar na Europa, como parte da Assistência Ténica de Integração e Reinstalação Europeia (EURITA), que é financiada pela o Departamento de Estado Norte-americano, e implementado pelo IRC.

O workshop juntou um grupo diversificado de 35 pessoas durante três dias inteiros, incluindo representantes de várias instituições que trabalham na integração de refugiados, bem como do governo nacional e local, ONGs, grupos de voluntários, e organizações religiosas. O workshop foi liderado por profissionais Norte-americanas do IRC, da área da integração e reinstalação, que delinearam este programa especificamente tendo em conta o contexto Português, com base em contributos dos participantes e feedback da Embaixada dos EUA. Durante o workshop foram criados planos de acção mensuráveis e ferramentas para melhorar a forma como as estratégias de reinstalação e integração são desenvolvidas e implementadas em cada comunidade.

No dia 21 de Fevereiro, a Encarregada de Negócios Herro Mustafa e o ex-Presidente Jorge Sampaio fizeram a abertura do workshop. Herro Mustafa elogiou Jorge Sampaio pelo grande trabalho que a sua organização, a Plataforma Global para Alunos Sírios, tem feito. Fez também questão de salientar que “Portugal tem um histórico comprovado de integração e inclusão, seja com os migrantes do mundo Lusófono que vieram nos anos 70, 80 e 90, ou com a mais recente onda de refugiados do Médio Oriente e de África” e acrescentou que “Portugal continua a ser um polo de esperança e uma terra de oportunidades para aqueles que precisam de esperança e oportunidade. Tal como temos visto durante o último ano, Portugal tem continuado com esta atitude de braços abertos e um coração grande”.

Sobre esta iniciativa, Jorge Sampaio mencionou que “a integração de refugiados nas nossas sociedades inclui a criação de sociedades abertas, inclusivas e tolerantes, e isto pode ser extremamente difícil. Apreciamos a iniciativa da Embaixada dos EUA na organização deste workshop. Estas iniciativas são importantes para assegurar que estamos a fazer tudo o que podemos”.

No dia 23 de Fevereiro, Herro Mustafa e a Eurodeputada Ana Gomes estiveram presentes no fecho do workshop. Mustafa agradeceu ao IRC e a todos os participantes pelos seus contributos, partilha de melhores práticas e ideias para colaborações futuras, e sublinhou que “os EUA continuam empenhados em trabalhar com Portugal em assuntos ligados aos refugiados”. Ana Gomes elogiou a Embaixada pela sua iniciativa e disse que “Portugal e os Estados Unidos estão a trabalhar de forma conjunta para manter os refugiados seguros e integra-los na sociedade Portuguesa. Deveríamos aprofundar a nossa sinergia e cooperação nesta área, visto que essa é a história de ambos os nossos países”.

A iniciativa EURITA partilha experiências Norte-americanas na reinstalação e integração de refugiados com profissionais em países Europeus. O seu objectivo é trabalhar de forma cooperativa com países que procurem assistência técnica na integração de refugiados, de forma a identificar e aprender com estratégias que tenham sido bem-sucedidas nas comunidades Norte-americanas e que possam ser aplicadas no contexto Europeu.